Fábio Leal fala sobre “Seguindo Todos os Protocolos”, seu primeiro longa-metragem de ficção, lançado nos cinemas brasileiros na última semana. O filme é uma espécie de crônica bem-humorada sobre o isolamento social da pandemia e o desejo sexual de um homem gay.
No filme, Chico, interpretado também por Fábio, vê os dias passando em seu apartamento, com marasmo e ansiedade em um momento de recrudescimento da pandemia. Em sua solidão, é cada vez mais tomado pelo desejo do contato humano, e, em especial, do sexo. Disso, nascem formas alternativas de reencontros, e a procura de uma maneira de tocarmos uns aos outros com segurança.
Pedro Neves e Fábio conversam sobre a formação do diretor e cineasta pernambucano, seus outros trabalhos, a presença do sexo e da nudez no cinema e, especialmente, em seus filmes, além de refletirem sobre a diversidade de corpos nas telas e as dificuldades de produzir conteúdo LGBTQIA+ no Brasil de hoje.
Fábio escreveu, dirigiu e atuou nos curtas metragens “O Porteiro do Dia” (lançado comercialmente em 10 países) e “Reforma” (pelo qual ganhou os prêmios de Melhor Ator e Melhor Roteiro no Festival de Brasília e Melhor Curta, Direção e Roteiro no Mix Brasil). Seu primeiro longa-metragem, o documentário “Deus tem Aids” (codirigido por Gustavo Vinagre), foi exibido no maior festival de documentários do mundo, o IDFA, em Amsterdam, e ganhou os prêmios de Melhor Filme pelo Júri Oficial e pelo Júri Popular no Queer Porto, em Portugal.